Cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) divulgaram nesta terça-feira (18) que análises feitas pelo módulo Philae, lançado pela sonda Rosetta no cometa 67P Churyumov-Gerasimenko, apontam que o corpo celeste é rígido como o gelo e contém moléculas orgânicas, que ainda serão identificadas.
O robô-laboratório continua no cometa após sua aterrissagem, realizada na última quarta-feira (12), mas está em repouso porque não recebe luz solar suficiente para carregar seus paineis. A bateria que levava a bordo, e que tinha autonomia para 64 horas de trabalho, permitiu a realização de descobertas importantes com seus dez instrumentos instalados.
Segundo a agência, o módulo espacial trabalhou cerca de 60 horas sem interrupção e enviou os dados para a Rosetta a cada possibilidade de comunicação.
Para os pesquisadores, a superfície do cometa 67P é muito diferente do que se pensava até agora, tanto que o sensor acoplado ao robô, chamado de Mupus, não conseguiu “martelar” o solo devido à rigidez.
“Embora tenha aumentado gradualmente a potência do martelo, não conseguimos dirigir à profundidade do solo”, informou à Agência EFE o professor Tilman Spohn do Instituto de Pesquisas Planetárias da Agência Espacial Alemã. A broca SD2, o último dos dez instrumentos ativados, realizou testes no solo e descobriu as primeiras moléculas orgânicas, que ainda serão examinadas.
A Rosetta, que acompanhará o cometa até o final do próximo ano, quando se aproximar do Sol, proporciona 80% dos dados científicos e o Philae cobrirá os 20% restantes. O equipamento que circunda o 67P já detectou, por exemplo, que o cometa emite vapor d’água. Os cometas são os corpos celestes mais antigos do Universo e acredita-se que podem ter trazido água e vida para a Terra após coliderem com o planeta.
– G1
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