Teste realizado na Universidade de Pequim comprovou viabilidade de longas expedições ao satélite
A
China vem dando passos largos na exploração espacial, realizando
missões cada vez mais complexas em uma velocidade que tem
surpreendido a todos. Em 15 de outubro de 2003 ela se tornou, após
Rússia e Estados Unidos,
o terceiro país a enviar um astronauta ao
espaço, quando Yang Liwei realizou 14 órbitas a bordo da nave
Shenzhou 5.A primeira caminhada espacial chinesa ocorreu na missão Shenzhou 7 e a primeira estação espacial chinesa ainda está em órbita. A Tiangong-1 recebeu em junho de 2012 a visita da Shenzhou 9, e a Shenzhou 10 realizou sua missão para a estação em junho de 2013. O país ainda mantém funcionando na superfície lunar a sonda Chang´e 3 e o rover Yutu, embora este último tenha sofrido avarias em suas partes móveis e esteja encalhado.
Há muito especialistas em astronáutica analisando a rapidez com que a China tem se lançado ao espaço, especulam a respeito de uma missão daquele país à Lua. Os chineses não admitem publicamente esse objetivo, entretanto ele se tornou muito mais próximo após o sucesso da experiência realizada na Universidade de Pequim. Três voluntários, sendo duas mulheres, Xie Beizhen e Wang Minjuan, e um homem, dong Chen, permaneceram 105 dias fechados em uma instalação de 500 metros cúbicos construída em uma área de 160 metros quadrados.
SUPORTE VITAL AUTOSSUFICIENTE PARA LONGAS MISSÕES ESPACIAIS
Chamado Lunar Palace 1, o protótipo de base espacial é designado como Instalação Experimental de Integração de Ecossistema Fechado de Suporte de Vida Artificial para Astrobase. Ao contrário do que ocorre na Estação Espacial Internacional (ISS), constantemente reabastecida de ar, água e alimentos, o sistema chinês é fechado, com reciclagem de ar e água, e produção de alimentos interna. O Lunar Palace 1 é composto por um módulo de habitação e dois de cultivo, onde plantas como milho, amendoins, lentilhas e pepino são cultivados. Como fonte de proteínas, os voluntários mantinham uma criação de uma espécie de minhoca.
Resíduos humanos eram submetidos a um processo de biofermentação e utilizados como adubo, e para os chineses o sucesso da experiência comprovou a possibilidade de construção de uma base na Lua com pouca dependência em relação à Terra. O experimento é similar ao da Biosfera-2, construída no estado norte-americano do Arizona, porém foi muito mais bem-sucedido. Especialistas descrevem o sistema chinês como o mais avançado do mundo. A arquiteta chefe do projeto, Liu Hong, disse: "Acredito que o maior significado desse sistema é prover a necessária base teórica e suporte técnico para uma base lunar".
Site da agência espacial chinesa
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