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NASA desmente russos e afasta risco de colisão de asteroide



De acordo com os dois maiores centros de cálculos orbitais, a informação de que o gigantesco asteroide 2014 UR116 poderia atingir a Terra não tem qualquer fundamento. Segundo os órgãos, isso é um boato alarmista e sem propósito divulgado pela imprensa russa.
2014 UR116 foi descoberto em 27 de outubro de 2014 por um dos telescópios robóticos da rede Master, Mobile Astronomical System of the Telescope Robots, mantido pela Universidade de Ural, na Rússia. (Ler nota abaixo)
A partir do momento em que foi descoberto, o objeto teve o eixo maior de sua orbita calculado em cerca de 311 milhões de km, com distância mínima de aproximação solar de 83 milhões de km.
Estima-se que a rocha tenha cerca de 400 metros de comprimento e por cruzar as orbitas de Vênus, Terra e Marte durante sua trajetória, diversos jornais sensacionalistas passaram a especular sobre a possibilidade de impacto, alguns afirmando taxativamente que 2014 UR116 atingiria a Europa nos próximos quatro anos.
“Algumas reportagens recentes sugerem que o asteroide representa uma grande ameaça ao nosso planeta, mas isso não é verdade”, disse um porta voz JPL, Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa. “Isso não passa de especulação e de má fé. O fato de um objeto se aproximar da Terra não quer dizer que vai se chocar contra o planeta”.
De fato, cálculos feitos pelo MPC, (Minnor Planet Center, ou Centro de Planetas Menores), mostram que pelos próximos 150 anos não há qualquer chance de UR116 atingir a Terra.
Algumas simulações feita pelo Apolo11.com confirmam isso e mostram que além da Terra, não há qualquer risco de impacto contra Marte ou Vênus nos próximos 120 anos. No entanto, para períodos maiores a precisão começa a ficar deteriorada e será preciso aguardar os cálculos do MPC e do Solar System Dynamics, da Nasa, que conseguem realizar modelagens orbitais de período mais longo.
O período de translação de 2014 UR116 é de 9164 dias e em 21 de outubro de 2014 se aproximou a 12.8 milhões de km do nosso planeta.
Nota – De acordo com o astrônomo Cristovão Jacques, este asteroide teve sua órbita linkada com observações feitas em 2008. Hoje o crédito é do observatório de Mt Lemmon, nos EUA.


Artes: No topo, gráfico mostra a orbita do asteroide que mostra o objeto cruzando o caminho da Terra, Marte e Vênus. Créditos: Apolo11.com.
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Colaboração: Antonio Muniz Gomez


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