A Dra. Susan Schneider, da Universidade de Connecticut, diz que os primeiros alienígenas inteligentes que encontrarmos poderão não ser biológicos. Falando ao MailOnline, ela disse que alienígenas avançados poderiam ser máquinas. A humanidade já está indo nesta direção, ela alega.
Ela tem trabalho nisso com o Dr. Seth Shostak, do Instituto SETI (Procura por Vida Inteligente).
“No que eu estava focando foi algo um pouco fora do normal, porque eu estava argumentando que a maioria das civilizações alienígenas avançadas seriam na verdade formas de IA (Inteligência Artificial)”, explicou ela.
Ela ainda diz que eles poderiam não ser a vida que encontraremos primeiro, sendo a vida microbiana no sistema solar mais provável.
“Mas não seria a mesma coisa que encontrar pequenos homens verdes” disse ela. “Não seria tão chocante“.
A forma que a vida inteligente tomaria, poderia ser algo surpreendente.
“Se olharmos à nossa própria civilização, as pessoas estão ficando mais imersas nos computadores, e já podemos ver sinais disso em nossa própria cultura“, continuou Schneider. “O silício é mais rápido do que o cérebro. A ideia é que os nossos cérebros são na verdade muito lentos; pense no quão difícil é para até mesmo se lembrar de um número de telefone. Os pesquisadores de IA estão indo muito bem e a maioria das pessoas envolvidas com a ciência da computação acham que estamos a 50 anos de distância de obtermos uma IA mais inteligente do que nós. Assim, parece que o próximo passo evolucionário poderia ser o de nos tornarmos pós-biológicos; algum tipo de parte computador na qual as pessoas decidem fazer um ‘upload‘ de si mesmas. Parece loucura, e eu não aprovo isto como filósofa, mas penso que muitas pessoas já estão notando este tipo de padrão. Os alienígenas serão muito mais velhos do que nós, assim parece que eles podem ser formas sofisticadas de IA que são muito mais inteligentes do que nós.”
A Dra. Schneider ainda disse não achar necessariamente que nossa transformação para uma raça baseada em IA esteja certa, e há pessoas que irão resistir a isto.
“Na América do Norte, os Amish se recusam a usar a tecnologia, e esperançosamente outras pessoas pensariam melhor a respeito disso“, disse ela.
Mas ela adicionou que “não ficaria surpresa se em 50 anos tivéssemos a Internet conectada aos nossos cérebros“.
Além do aspecto computacional, outra limitação dos nossos cérebros é seus tamanhos e vulnerabilidades, algo que sugere o fato de uma raça mais avançada do que nós já ter eliminado estes problemas.
“A ideia que tem rodado pela NASA e pelo Instituto SETI é a de que as civilizações alienígenas mais sofisticas que encontrarmos não seriam biológica. Nossos cérebros são limitados ao tamanho dos nossos crânios, mas um computador pode tomar todo um planeta ou cidade. E se você precisar fazer uma viagem espacial, os humanos não são muito duráveis. Mas com computadores, você não tem estas ameaças para se preocupar.”
O próximo passo evolucionário poderia ser o de nos tornarmos pós-biológicos, disse a Dra. Schneider. Recentemente, especialistas em Washington DC discutiram as chances de encontrarmos a vida extraterrestre. O astrônomo Dr. Shostak disse que poderíamos ser a primeira geração a descobrir que não estamos sós.
Tal descoberta sugeriria que a mudança de biológico para máquina é algo que ocorre em outros planetas, e indicaria no final a direção que a humanidade está tomando.
Isto teria um enorme impacto na sociedade, “como a ficção científica se tornando realidade“, de acordo com a Dra. Schneider.
“De certa forma, encontrar vida na forma de IA poderia ainda ser muito mais surpreendente do que encontrar pequenos homens verdes“, concluiu a Dra. Schneider.
O Dr. Shostak disse: “A inteligência dominante no cosmos pode muito bem ser não-biológica“.
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