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Cientistas desenvolvem sensor capaz de detectar vida em outros planetas

O nano sensor de movimento bastante sensível não utiliza mecanismos químicos para identificar microrganismos

Um pequeno equipamento produzido por pesquisadores da EPFL (Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne), na Suíça, promete auxiliar nas buscas por vida em outros planetas. Trata-se de um nano sensor de movimento bastante sensível que, segundo os pesquisadores, tem funcionamento simples e é capaz de captar movimento de criaturas microscópicas.

O aparelho não utiliza mecanismos químicos para identificar microrganismos. Seu funcionamento está totalmente baseado na premissa de que tudo o que é vivo se move, ou pelo menos, move flagelos e realiza funções biológicas normais. O sistema provou ser preciso na detecção de bactérias, leveduras e mesmo células cancerosas e, para os pesquisadores da EPFL, além de ser usado para testar de maneira mais ágil a eficácia de novos fármacos, poderá ser uma importante ferramenta na detecção de vida extraterrestre.

O trabalho foi publicado na PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences).

O equipamento usa uma nano consola (conhecida também como cantilever) para captar os movimentos. Ele se assemelha a equipamentos frequentemente utilizados na construção de pontes e edifícios, mas possui escala micrométrica. Segundo os pesquisadores, cerca de 500 bactérias podem ser depositadas sobre ele. O instrumento se baseia na tecnologia microscópica atômica, que é capaz de produzir imagens de átomos através de escaneamento a laser. A diferença, no entanto, está na capacidade que o sensor de movimento possui em anexar a amostra estudada a sua estrutura.

A premissa é simples: se o objeto estudado está vivo, inevitavelmente irá se mover e, consequentemente, moverá o sensor. O movimento é capturado pelo laser de leitura como uma série de vibrações e o sinal é interpretado como um sinal de vida.

"O sistema tem a vantagem de ser totalmente livre de química. Isso significa que ele pode ser usado em qualquer lugar - em testes de drogas ou até mesmo na busca de vida extraterrestre", afirmou Giovanni Dietler, um dos autores do estudo. Os cientistas preveem que uma grande variedade de sensores desse tipo passarão a ser utilizados em futuras sondas de exploração espacial como as enviadas a Marte.

As aplicações mais imediatas do sistema estão no desenvolvimento de fármacos. Assim como foi capaz de detectar com precisão a presença de microrganismos na sua estrutura, o sensor também indicou ausência de vida após a administração de drogas usadas para combatê-los, demonstrando, assim, ser um instrumento ágil no teste da eficácia de novos medicamentos.

"Este realmente é o próximo passo. Ainda esperamos resposta da ESA (Agência Espacial Europeia, na sigla em inglês) e Nasa (Agência Espacial Americana) para ver se estão interessadas", diz Dietler.

FONTE: http://noticias.uol.com.br/

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